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Três quartos dos meus filmes
poderiam não ter música. Eu coloquei, mas se não houvesse, o filme não seria
diferente. Em Alphaville, a música
parece estar em contraponto e mesmo em contradição com a imagem: ela tem um
lado tradicional, romance, que desmente o mundo de Alpha 60. É que ela é um dos
elementos da narrativa: ela evoca a vida, é a música dos mundos exteriores. E,
como os personagens frequentemente falam dos mundos exteriores, ao invés de
filmá-los, eu fiz com que se ouvisse a música deles. São sons que possuem um
valor de imagem. Eu jamais utilizei a música de outro modo. Ela
tem o mesmo papel que o preto na pintura impressionista.
Jean-Luc Godard par Jean-Luc Godard
(tomo 1 1950-1984), Cahiers du Cinéma
Trecho de entrevista
publicada no nº 171 dos Cahiers du Cinéma, outubro de 1965
Hamaca Paraguaya de Paz Encina, 2006. Paraguai. 78 min.
L'étoile de Mer de Man Ray, 1928. França. 17 min.
Mãe e Filho (Mat' I Syn) de Aleksandr Sokurov, 1997. Rússia.73 min.
Oharu, A vida de uma cortesã (Saikaku Ichidai Onna) de Kenji Mizoguchi, 1952. Japão. 148 min.
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