Na medida em que o cinema não existe senão
relativamente a outras coisas, a ciência, o petróleo, o dinheiro, podemos falar
dele indefinidamente, sem avançar em outros domínios. Pode-se conhecer bem o
cinema, sua história, suas séries, sem progredir nada em outra parte, permanecendo
nele. Com exceções raríssimas como Ordet por exemplo, que atinge por meio de um
filme os limites da fé, que mostra por meio de um filme a força esmagadora,
inabordável, da ideia de Deus.
Marguerite Duras - Les yeux verts, edição
especial da revista Cahiers du cinéma, nº 312/313, junho de 1981
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